sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ando sem paciência


   
   Ela esgotou. Esperou por um determinado tempo - acredite, muito tempo - e foi embora. Criava expectativas para uma resposta inteligente ou até palavras pronunciadas de uma forma tão boba que arrancaria sorrisos. Acreditava que realmente iria valer a pena esperar, porém não passava de meras ilusões e sem nenhum pingo de importância correspondida. 
   Enquanto sinto sua ausência, ando procurando na timidez a educação - já que a raiva permanece ao meu lado, esperando o momento certo de atacar. Forço sorrisos, faço piadas de um jeito retardado - só pra escutar risadas e me inspirar - e até tento prestar atenção.
   Se ela um dia voltar, receberei de braços abertos. Aprendi a usá-la corretamente e guardá-la, quando necessário. Farei pouco uso, já que andei desperdiçando-a e aproveitado da sua boa fé.


   A gente aprende nas piores situações e, às vezes, ainda interpreta de outra forma. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uma carta para o futuro




Em qualquer lugar, 10 de agosto de 2012



Querido futuro, 


Seria uma imensa falta de educação da minha parte pedir inúmeros, e infinitos, desejos e acontecimentos neste período. Apresentarei alguns argumentos para lhe ajudar a decidir os próximos acontecimentos, e decisões, 
que terei que enfrentar.

Você deve estar cansado das românticas frustadas que, além de descrever os vários tipos de dores que elas sentiram ao longo de uma paixão, parecem querer te pegar pelo pescoço e fazer você dá um príncipe encantado à elas e, para completar com as histórias de princesas, um final feliz. Pois bem, não reclamo das minhas ilusões amarosas porque elas parecem ter um objetivo no final: fazer você amadurecer, não agir involuntariamente e sem cometer o 
mesmo erro de sempre - sentiu o argumento?

Apesar de quase todos os dias, as brigas com minha mãe insistirem em dá as caras por aqui, eu não reclamo. A gente percebe o tanto de besteira que acaba falando em um momento de raiva, acaba soltando o que já segurava fazia tempo e até esquece o respeito pela própria mãe. Parece meio irônico, mas quanto mais eu brigo com ela, mais eu sinto que a amo. Rapidamente esqueço as arrogâncias e caio em seus braços. Devo uma vida à ela - então, nem pense em descartá-la de mim.

Desde cedo, fiz amigos e, ao longo do tempo, aprendi o significado de amizade. Algumas perdi e outras eu continuo - na esperança de continuar por mais alguns anos. As que perdi, guardo na memória os bons momentos e até os maus - o fim dela, por exemplo. As que continuo, procuro estar sempre ao lado, seja se divertido, jogando conversa fora e etc. Não sei qual rumo eu levaria sem essas amizades e, claro, fico na ansiedade por novas que estão por vir.

Minha conclusão sobre a vida seria aprender. Mais de vinte anos estudando, gastando dinheiro com material escolar e cursos, noites de insônia ao lado de grossos livros e, infelizmente, alguns não conseguem alcançar o próprio objetivo. Eu adoraria - uma forma indireta de pedir alguma coisa, eu sei, não resisti - sentir várias emoções, ao mesmo tempo, depois de um resultado positivo no vestibular. Sem falar na felicidade, e no orgulho, que meus familiares teriam de mim - uma vida independente seria ótimo, obrigada.

Perdoe-me se usei algo, ou mencionei, de uma forma que não tenha gostado, ou se sentido ofendido - não foi minha intenção, juro. Espero que tenha refletido e chegado à alguma conclusão na qual irei ficar aguardando. 


Um beijo do passado e adeus do presente


Nathália