terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma carta para a saudade




Minha rede, 25 de setembro de 2012

   
Querida saudade, 


Antes de começar com os sentimentalismos, e vários argumentos, gostaria de pedir desculpas pelos xingamentos cuspidos bruscamente e por demonstrar tanto ódio a seu respeito. Espero que entenda que sentí-la não é uma tarefa simples e, tão pouco, fácil.  

Já derramei inúmeras lágrimas com a ausência de uma pessoa, já senti falta dos sábados à noite andando pela cidade com os amigos e, claro, o tempo simples, e divertido, da infância. Machuca, destrói, dá raiva, nojo, uma injustiça! Mas no final, tudo vira risada - valeu a pena viver tudo isso!

Apesar de usar palavras ofensivas contra você, aprendi muita coisa com sua presença. Uma delas foi valorizar o presente e, principalmente, a companhia. E, sinceramente, aprendi a ser mais feliz desse modo - pode parecer bem clichê, na verdade.
Já te senti em um momento que hoje me arrependo profundamente. Você sabe, né? Aquela dor, e as lágrimas, que você poderia ter polpado, se abrisse mais os olhos - eles deviam estar cegos ou eu mesma não queria enxergar.

De qualquer forma, gostaria de pedir para amenizar mais quando estiver presente - espero que entenda e não leve para o lado pessoal. 


Beijos e lágrimas, 


Nathália

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O tempo não passa



   As pessoas passam, as folhas caem, a chuva bate na janela e eu encaro o relógio.
   Os amores se vão, as ilusões acompanham, as lágrimas se secam, os sorrisos aparecem e eu encaro o relógio.
   Os familiares se reúnem, trocam presentes, colocam as conversas em dia e eu encaro o relógio.
   Encaro e seus segundos parecem rastejar, implorando por um momento de descanso. Encaro tendo a esperança - sim, ainda restaram esperanças - de o tempo me trazer novas pessoas, novos amores, sorrisos arrancados sem esforços e dias melhores.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mãe



   Uma brisa suave toca em seus cabelos, e os fazem dançar, obrigando sua mão delicada jogá-los para trás. Seus olhos negros percorrem cada detalhe do mar e sua pequena boca pronuncia palavras finas e engraçadas. Sua blusa florida queria se soltar, dançar junto com seus cabelos, e seus pés se afundavam na areia gelada. 
   Ela consegue pegar meus problemas e jogá-los para longe, com apenas um sorriso. Pega nos meus braços e me puxa contra seu corpo quente - um abraço que não troco por nada desse mundo. Consegue me fazer rir nas piores situações e sempre estará do meu lado, nos piores momentos, para me levantar. 
   A gente briga toda semana, mas são apenas pequenos detalhes de um amor incondicional. Eu te respondo, grito e ainda falo que você é chata. Poucas horas depois, estamos deitadas na cama, assistindo televisão e falando sobre Yakisoba. 


   Te devo uma vida, mãe!