sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ano novo, vida velha




   Não espere que o ano mude, você que tem que mudar. 

   
   À tarde, quando estou deitada na cama, com os pés para o alto, o cabelo bagunçado e os olhos no teto, imagino sonhos realizados ou o passado mal contado. Uns detalhes que fazem diferença, como uma piada com os amigos, uma noite sozinha ou até mesmo um café frio. Até mesmo aquela paquera rápida na cafeteria ou aquele sorriso roubado depois de uma gracinha qualquer de um desconhecido. 
   Detalhes tão simples que, ao invés de serem desprezíveis, dão um pouco de esperança. Como se a sociedade julgasse atos horrendos e completamente normais, mas que numa simples tarde, e de poucos minutos, fosse comum encontrar tamanha diferença.
   É relativo demais, questão até de interpretação. O ato de abrir a porta do carro para a namorada ou até levar a bolsa dela é interpretado - acredite ou não - como machismo (a moça é incapaz de abrir a porta do carro ou levar suas próprias coisas). Desculpe-me se você concorda com tal afirmação, mas essa é minha opinião: estúpido. 
   Questão de visão também. Selecionei tais exemplos por serem quase desprezíveis, porque quis fugir de assuntos polêmicos demais (como aborto, legalização da maconha e etc). Como falei: relativo demais.
   Parece besteira, mas é o te define. Se quiser viver os mesmos problemas, as mesmas discussões e generalizar sempre os mesmos assuntos, vá em frente. Mas não espere que, só porque é ano novo, a vida será nova. Claro, tem exceções, milagres... Só não espere REALMENTE acontecer. Ah!, e também tem a história de, se realmente acontecer, você estragar tudo (seja qualquer motivo), mas isso já é assunto para uma outra postagem...

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